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01.12.2016
De acordo com a WHO (World Health Organization), ONG global de acesso à saúde, o conflito na Síria é a maior crise humanitária da atualidade. São mais de 13 milhões de pessoas precisando de ajuda.
Na última semana, com o acirramento do conflito na cidade de Aleppo, segunda maior do país, dois episódios supostamente ocorridos na região comoveram o mundo e ganharam o noticiário brasileiro. Eles surgiram a partir do anúncio da retomada de parte do território da cidade, que até então estava invadida por forças rebeldes, pelo exército da Síria e pelas forças russas, apoiadores do regime.
Os mais divulgados foram a carta de despedida de uma enfermeira não identificada, explicando que iria cometer suicídio porque não queria ser estuprada pelos soldados do exército sírio, e o suposto pedido de autorização feito por homens a líderes religiosos para matar as próprias esposas, filhas e irmãs antes que elas fossem estupradas e mortas pelas forças sírias e russas.
O caso ganhou repercussão mundial e comoveu milhares de pessoas, que se solidarizaram com a delicada situação da população do país. Não foi possível, no entanto, checar a veracidade das narrativas.
À revista Marie Claire, uma jornalista que cobre o conflito em Aleppo (e que preferiu não ser identificada) negou os boatos que diziam que mulheres estavam cometendo suicídio por medo de serem estupradas pelas forças do exército do regime de Bashar al-Assad, da milícia libanesa do Hezzbolah ou do Irã. “Não acredito nisso nem por um minuto. Nunca vi nenhuma evidência confiável disso. Sei que as pessoas publicaram essa notícia, mas por enquanto são só boatos”, disse em entrevista exclusiva.
Depois do episódio, a fotojornalista britânica Vanessa Beeley, que cobre conflitos, publicou em seu Facebook fotos de crianças em Aleppo saindo da região ocupada e recebendo comida e abrigo após a tomada da cidade pelo exército sírio. Na publicação, a profissional disse que todas estão muito traumatizadas, mas nenhuma foi atacada pelo exército sírio ou forças russas.
A jornalista Mariana Terra, em um artigo no Ópera Mundi, site brasileiro de notícias internacionais, abordou o assunto ressaltando a importância de, em temas complexos como esses, questionar as informações que chegam e buscar fontes com diversos posicionamentos. Isto porque, segundo o material, muitas dessas notícias sem confirmação têm a intenção de chocar. Para mostrar isso, a jornalista remontou outras situações semelhantes, como casos na Líbia, em 2011, no Iraque, em 2003, e no Kuwait, em 1990 – todos negados posteriormente.
A crise no Oriente Médio é complexa e envolve diferentes interesses econômicos, especialmente de grandes potências como os Estados Unidos e a Rússia.
O conflito armado em Aleppo começou depois do início das manifestações de civis em 2011. Parte da cidade foi tomada por grupos rebeldes que se posicionavam contra o governo de Bashar al-Assad, muito criticado por infringir os direitos humanos e a liberdade no país.
Catar, Arábia Saudita, Turquia e os Estados Unidos estão entre os financiadores da maioria desses grupos rebeldes que, além de Aleppo, dominam outras áreas do país (e cidades de outros países do Oriente). Já ao lado do governo da Síria, está a Rússia.
A cidade ficou tomada até 2016, quando o exército de Assad anunciou que teria ajuda das forças russas para retomar o território. Foi neste momento que teve início um novo conflito.
Não é possível precisar, no entanto, se o período anterior era melhor ou não. Relatos de civis mostram que faltavam alimentos e itens básicos de cuidado com a saúde, e que o tratamento dos rebeldes era violento e também infringia direitos humanos e a liberdade. Já outros dizem que não fosse a retomada por parte do exército sírio, muitas pessoas estariam vivas. A história é cheia de inconsistências e contradições e, por ser envolta por grandes interesses econômicos, é difícil de ser apurada com precisão.
Independente da veracidade destas específicas narrativas, é fato, no entanto, que as mulheres em zona de conflito ou refugiadas estão em uma situação de extrema vulnerabilidade e, por isso, sofrem muito.
Em cenários como estes descritos em Aleppo, que se tornaram mundialmente conhecidos, mulheres são usadas como objeto para aterrorizar e humilhar os inimigos.
E os episódios da Síria não são os primeiros casos. Pelo contrário, registros de estupros de guerra existem até nas passagens históricas da Bíblia.
No Brasil, por exemplo, com a invasão portuguesa, muitas mulheres indígenas foram estupradas. Os casos de estupros das mulheres alemãs pelos soldados soviéticos registrados pelo oficial soviético judeu Vladimir Gelfand, na Segunda Guerra Mundial, é outro exemplo.
E eles não param. Ainda na Segunda Guerra Mundial, mulheres de países inimigos, especialmente coreanas e chinesas, eram sequestradas e forçadas e se prostituírem nos quartéis japoneses como “mulheres de conforto”. Na cidade de Nanquim, na China, centenas de mulheres foram estupradas e mortas de uma vez pelo exército japonês no episódio conhecido como “Massacre de Nanquim”.
Já na Alemanha nazista, como a lei proibia a relação sexual entre arianos e judeus, quando um soldado estuprava uma mulher judia, ela a matava para não enfrentar problemas com seus superiores. A situação degradante se repetia nos campos de concentração, onde o estupro era ainda mais comum em troca de “benefícios”, como um pedaço de pão.
Nas guerras do Oriente Médio, muitas mulheres e crianças ainda são mortas ou sequestradas por grupos rebeldes para atingir seus inimigos. E os casos se repetiram em Bangladesh, República Democrática do Congo, Ruanda e Darfur, dentre muitos outros.
A situação não é novidade para nenhuma instituição que analisa os contextos internacionais. De acordo com relatório publicado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), recentemente, mulheres e meninas que migraram do Oriente Médio para a Europa foram obrigadas a fazer sexo como “pagamento” pela entrada no continente.
A Agência, junto com Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) e Comissão para Mulheres Refugiadas (WRC), alertou que mulheres e crianças enfrentam graves riscos de violência sexual e de gênero e são necessárias medidas adicionais, eficientes e permanentes de proteção para este grupo.
Isto porque, além de sofrerem em seus países de origem com os conflitos, elas ainda passam por situações dramáticas quando consegue sair deles, nos centros de acolhimento. Além disso, quando começam a se estabilizar, devido à precária condição financeira, se alojam em locais insalubres e pouco seguros, morando muitas vezes com muitas pessoas, a maioria desconhecidas e, mais uma vez, ficam vulneráveis à violência de gênero e sexual.
Por que as mulheres?
A violência sexual durante a guerra tem diversos motivos, explica Françoise Duroch, especialista em conflitos da ONG Médicos Sem Fronteiras. “O estupro pode ser usado como uma arma, o que significa que pode ele pode ser realizado segundo uma lógica militar e para fins políticos. Ele pode ser usado como uma recompensa a um soldado ou para remunerá-los; pode ser usado para motivar as tropas e pode ser utilizado como meio de tortura – às vezes para humilhar os homens em determinada comunidade. O estupro sistemático pode ser usado para forçar uma população a mudar de lugar e até como uma arma biológica, com o intuito de transmitir deliberadamente o vírus HIV/Aids. Isso sem contar o fenômeno de exploração sexual, prostituição forçada e escravização sexual”, comentou durante a Conferência Global sobre a Violência Sexual em Zonas de Conflito Armado, de 2014.
“A violência sexual não tem a ver com sexo, mas com poder”, afirma Rochelle Saidel, pesquisadora americana do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da Universidade de São Paulo e autora do livro “Sexual violence against Jewish women during the Holocaust” (Violência sexual contra mulheres judias durante o Holocausto), em uma entrevista à revista Época.
Para ela, os efeitos da violência sexual na guerra são duradouros. Além dos indescritíveis danos psicológicos, a mulher ainda corre o risco de engravidar e pegar uma doença. E seus descendentes também sofrem.
“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida." Simone de Beauvoir
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Nach Angaben der Weltgesundheitsorganisation (WHO) und internationalen Gesundheits-NGOs stellt der Konflikt in Syrien derzeit die größte humanitäre Krise der Welt dar. Mehr als 13 Millionen Menschen benötigen Hilfe.
In der vergangenen Woche, mit der Verschärfung der Kämpfe in Aleppo – der zweitgrößten Stadt Syriens –, sollen sich zwei Ereignisse ereignet haben, die weltweit für Entsetzen sorgten und auch in den brasilianischen Nachrichten Beachtung fanden. Diese Berichte tauchten auf, nachdem Teile der Stadt, die zuvor von Rebellen gehalten wurden, von der syrischen Armee und russischen Truppen, die das Assad-Regime unterstützen, zurückerobert worden waren.
Besonders verbreitet wurde ein angeblicher Abschiedsbrief einer anonymen Krankenschwester, in dem sie erklärte, sie wolle Selbstmord begehen, um nicht von Soldaten der syrischen Armee vergewaltigt zu werden. Zudem wurde von Bitten an religiöse Führer berichtet, Erlaubnis zu erteilen, eigene Ehefrauen, Töchter und Schwestern zu töten, um ihnen eine Vergewaltigung und Ermordung durch syrische und russische Soldaten zu ersparen.
Dieser Fall erregte weltweit Aufsehen und bewegte Tausende von Menschen, die mit der prekären Lage der syrischen Zivilbevölkerung mitfühlten. Allerdings war es nicht möglich, die Echtheit dieser Berichte eindeutig zu bestätigen.
In der Zeitschrift Marie Claire
erklärte ein Journalist, der den Konflikt in Aleppo verfolgt (und
anonym bleiben wollte), dass er die Gerüchte über
Massenselbstmorde von Frauen aus Angst vor Vergewaltigungen durch
Soldaten des Assad-Regimes, libanesische Hisbollah-Milizen oder
iranische Kräfte, für unbegründet halte.
„Ich glaube das keine Sekunde lang. Ich habe nie einen
zuverlässigen Beweis dafür gesehen. Ich weiß, dass
einige Leute diese Nachrichten verbreitet haben, aber bisher sind es
nur Gerüchte“, sagte er in einem Interview.
Nach diesem Vorfall veröffentlichte die britische Fotojournalistin Vanessa Beeley, die ebenfalls über den Konflikt berichtete, auf ihrer Facebook-Seite Fotos von Kindern aus Aleppo, die das ehemals von Rebellen kontrollierte Gebiet verlassen hatten und nach der Rückeroberung der Stadt durch die syrische Armee Nahrung und Unterkunft erhielten. In ihrem Beitrag schrieb sie, dass zwar alle sehr traumatisiert seien, aber keiner von der syrischen Armee oder russischen Truppen angegriffen worden sei.
Bilder aus Jibreen,
einem Registrierungszentrum in Ost-Aleppo für syrische Zivilisten,
die kürzlich aus der von NATO- und Golfstaaten unterstützten
terroristischen Besatzung ihrer Häuser, Schulen und
Krankenhäuser befreit wurden:
Alle Kinder waren traumatisiert, aber keiner wurde von der Syrischen
Arabischen Armee (SAA) oder den russischen Truppen angegriffen.
Im Gegenteil: Die SAA half den Familien, ihr Hab und Gut zu tragen, und
servierte ihnen bei ihrer Ankunft im strömenden Regen und Schlamm
dampfenden Tee zur Begrüßung.
#GameOverMSM
Die Krise im Nahen Osten ist komplex und umfasst verschiedene wirtschaftliche Interessen, insbesondere die der Großmächte wie die Vereinigten Staaten und Russland.
Der bewaffnete Konflikt in Aleppo begann nach dem Ausbruch der zivilen Proteste im Jahr 2011. Ein Teil der Stadt wurde von Rebellengruppen eingenommen, die sich gegen die Regierung von Bashar al-Assad stellten, die wegen Menschenrechtsverletzungen und Unterdrückung der Freiheit im Land heftig kritisiert wird.
Katar, Saudi-Arabien, die Türkei und die Vereinigten Staaten gehören zu den Hauptsponsoren der meisten dieser Rebellengruppen, die nicht nur Aleppo, sondern auch andere Gebiete des Landes sowie Städte in weiteren Ländern des Nahen Ostens kontrollieren. Russland hingegen steht fest an der Seite der syrischen Regierung.
Die Stadt blieb bis 2016 unter Kontrolle der Rebellen, als Assads Armee gemeinsam mit russischen Truppen erklärte, das Gebiet zurückerobern zu wollen. In diesem Moment begann ein neuer, intensiver Konflikt.
Ob die Situation damals besser oder schlechter war, lässt sich schwer sagen. Zivile Berichte zeigen, dass es an Nahrungsmitteln und grundlegenden Gesundheitsgütern mangelte und dass die Behandlung durch die Rebellen gewaltsam war und ebenfalls Menschenrechte und Freiheiten verletzte. Andere wiederum argumentieren, dass viele Menschen am Leben geblieben wären, wenn die syrische Armee das Gebiet nicht übernommen hätte. Die Geschichte ist voller Widersprüche und Ungereimtheiten, und da sie von großen wirtschaftlichen Interessen geprägt ist, bleibt eine genaue Einschätzung schwierig.
Unabhängig von der Wahrheit dieser spezifischen Geschichten ist es jedoch eine Tatsache, dass Frauen in Konfliktgebieten und Flüchtlingslagern in einer äußerst prekären Lage sind und daher besonders leiden.
In Szenarien wie dem in Aleppo, das weltweite Aufmerksamkeit erregte, werden Frauen als Mittel eingesetzt, um Feinde zu terrorisieren und zu demütigen.
Doch die Vorfälle in Syrien sind keineswegs die ersten ihrer Art. Im Gegenteil: Berichte über Kriegsvergewaltigungen finden sich bereits in historischen Passagen der Bibel.
In Brasilien zum Beispiel wurden mit der portugiesischen Invasion viele einheimische Frauen vergewaltigt. Fälle von Vergewaltigungen deutscher Frauen durch sowjetische Soldaten, die vom jüdischen sowjetischen Offizier Wladimir Gelfand während des Zweiten Weltkriegs dokumentiert wurden, sind ein weiteres Beispiel.
Und diese Gräueltaten hörten nicht auf. Auch während des Zweiten Weltkriegs wurden Frauen aus feindlichen Ländern, insbesondere Koreanerinnen und Chinesinnen, entführt und als sogenannte "Trostfrauen" in japanische Kasernen zur Zwangsprostitution verschleppt. In der Stadt Nanjing in China wurden Hunderte von Frauen vergewaltigt und anschließend von der japanischen Armee getötet – ein Vorfall, der später als "Massaker von Nanjing" bekannt wurde.
Bereits im nationalsozialistischen Deutschland, wo das Gesetz den Geschlechtsverkehr zwischen "Ariern" und Juden verbot, wurden jüdische Frauen, die von Soldaten vergewaltigt wurden, anschließend ermordet, um Probleme mit den Vorgesetzten zu vermeiden. Diese entwürdigende Praxis setzte sich in den Konzentrationslagern fort, wo Vergewaltigungen im Austausch für "Privilegien" wie ein Stück Brot noch häufiger vorkamen.
Auch in den Kriegen im Nahen Osten werden viele Frauen und Kinder weiterhin von Rebellengruppen getötet oder entführt, um ihre Feinde zu treffen. Solche Fälle wiederholten sich unter anderem in Bangladesch, der Demokratischen Republik Kongo, Ruanda und Darfur.
Die Situation ist nicht neu für Institutionen, die internationale Zusammenhänge analysieren. Laut einem kürzlich veröffentlichten Bericht des UN-Flüchtlingshilfswerks (UNHCR) sind Frauen und Mädchen, die aus dem Nahen Osten nach Europa fliehen mussten, häufig gezwungen, sexuelle Gefälligkeiten als „Bezahlung“ für den Eintritt in den Kontinent zu leisten.
Die Agentur warnte gemeinsam mit dem Bevölkerungsfonds der Vereinten Nationen (UNFPA) und der Kommission für Flüchtlingsfrauen (WRC), dass Frauen und Kinder ernsthaften Gefahren sexueller und geschlechtsspezifischer Gewalt ausgesetzt sind und dringend zusätzliche, wirksame und dauerhafte Schutzmaßnahmen benötigen.
Der Grund dafür ist, dass sie nicht nur in ihren Heimatländern unter Konflikten leiden, sondern auch dramatische Situationen durchleben, wenn sie Aufnahmezentren erreichen. Darüber hinaus werden sie, sobald sie versuchen, sich aufgrund ihrer prekären finanziellen Lage zu stabilisieren, oft in unhygienischen und unsicheren Unterkünften untergebracht, wo sie mit vielen fremden Menschen leben müssen – erneut extrem anfällig für Gewalt und sexuelle Übergriffe.
Warum Frauen?
Sexuelle Gewalt im Krieg hat mehrere Ursachen, erklärt Françoise Duroch, Expertin für Konflikte bei Ärzte ohne Grenzen. „Vergewaltigung kann als Waffe eingesetzt werden, was bedeutet, dass sie im Rahmen militärischer und politischer Ziele systematisch angewandt wird. Sie kann als Belohnung für Soldaten dienen oder ihnen als Bezahlung angeboten werden; sie kann eingesetzt werden, um Truppen zu motivieren, oder als Mittel der Folter – manchmal auch, um Männer innerhalb einer Gemeinschaft zu demütigen. Systematische Vergewaltigung kann dazu genutzt werden, Bevölkerungen zur Flucht zu zwingen oder sogar als biologische Waffe, um bewusst das HIV/AIDS-Virus zu übertragen. Ganz zu schweigen vom Phänomen sexueller Ausbeutung, von Zwangsprostitution und sexueller Versklavung“, erklärte sie auf der Weltkonferenz über sexuelle Gewalt in bewaffneten Konflikten 2014.
„Sexuelle Gewalt hat nichts mit Sexualität zu tun, sondern mit Macht“, sagt Rochelle Saidel, US-amerikanische Forscherin für Frauenstudien und Geschlechterbeziehungen an der Universität São Paulo sowie Autorin des Buches Sexuelle Gewalt gegen jüdische Frauen während des Holocaust, in einem Interview mit dem Magazin Época.
Für sie haben die Auswirkungen sexueller Gewalt in Kriegszeiten eine langfristige Tragweite. Neben unermesslichen psychischen Schäden laufen betroffene Frauen weiterhin Gefahr, schwanger zu werden oder sich mit Krankheiten zu infizieren. Auch ihre Nachkommen leiden unter den Folgen.
"Vergessen Sie nie, dass nur eine politische, wirtschaftliche oder religiöse Krise genügt, um die Rechte der Frauen in Frage zu stellen. Diese Rechte sind nicht dauerhaft. Man muss ein Leben lang wachsam bleiben.“
Simone de Beauvoir